Arquivo de março \13\America/Sao_Paulo 2015

9 instituições que dão bolsas de estudo para brasileiros

Formandos: opções de bolsas para universidades renomadas

São Paulo – Experiência internacional, inglês afiado e diploma carimbado por uma instituição – nacional ou estrangeira – renomada entram no pacote dos tais diferenciais de carreira, tão valorizados pelo mercado de trabalho.

Mas, com o dólar valendo o triplo do real e anuidades das universidades de maior prestígio no mundo custando milhares de dólares, recorrer a bolsas de estudo pode ser a única alternativa para completar a graduação ou a pós no exterior.

A equipe da Fundação Estudar preparou uma lista com o “caminho das pedras” para interessados em participar das seleções de bolsas por lá e também em mais outras 8 instituições e órgãos. Confira:

1. Fundação Estudar

Oferece bolsas que cobrem de 5% a 95% do valor de graduações, pós e intercâmbios acadêmicos. As inscrições estão abertas até o dia 31 de março.

Podem participar das seleções candidatos entre 16 anos e 34 anos matriculados ou em processo de admissão em cursos de graduação e pós (MBA, mestrado, doutorado e pós-doutorado) no Brasil ou no exterior. No ano passado, foram 30 mil inscritos e 28 selecionados. Boas notas são essenciais, já que as bolsas são concedidas por mérito.

2. Fundação Lemann

A fundação mantém o programa Lemann Fellowship que dá bolsas de pós-graduação para cursos específicos em universidades parceiras no exterior como, por exemplo, Yale, Stanford, Harvard, MIT, Columbia e Oxford.

Os bolsistas são selecionados pelas próprias universidades, por isso é preciso já ter sido aprovado por meio do processo regular de admissão.

3. Governo Brasileiro

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e oConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) são dois dos órgãos governamentais que selecionam para bolsas de graduação, mestrado e mestrado profissional, doutorado e pós-doutorado no exterior.

Mas a maior oferta de bolsas de estudos concedidas pelo governo parte do programa Ciência Sem Fronteiras. A meta é chegar a 101 mil bolsas concedidas até o fim do ano nas áreas de ciências exatas e biológicas. Na página do programa é possível verificar o valor das bolsas nas diferentes modalidades de estudo.

4. Santander Universidades

O forte do programa de bolsas de estudo do Banco Santander são os intercâmbios acadêmicos para estudantes de universidades brasileiras conveniadas. Há opções para cursos na China, Portugal, Espanha. Interessados em temporadas de intercâmbio na China ou na Espanha podem se inscrever até o dia 29 de março. Já o programa para intercâmbio em Portugal aceita inscrições até o dia 10 de maio, mas é apenas para alunos de faculdades públicas conveniadas.


5. Fundação Carolina

A fundação oferece bolsas para cursos rápidos (de verão), pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) na Espanha. Neste ano, já foram oferecidas mais 540 de bolsas, mas as inscrições foram encerradas no começo do mês. Foram mais 48 mil candidatos interessados

Mas, até o dia 9 de abril, ainda dá tempo de concorrer às chamadas bolsas de mobilidade para interessados em complementar a formação acadêmica em instituição espanhola de ensino.

6. Fundação Fulbright

Oferece bolsas de estudo para alunos de pós-graduação, jovens profissionais e artistas interessados em estudar nos Estados Unidos. A fundação é parceira do programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal.

Os prazos para as seleções variam conforme o programa escolhido, por isso o ideal é ficar de olho no site da Fulbright, ou na página da fundação no Facebook, onde sempre são publicadas as novidades.

7. Orange Tulip Scholarship Brazil

É um programa de bolsas de estudo promovido pelo governo da Holanda e tem 76 bolsas destinadas exclusivamente a brasileiros, em 22 instituições de ensino. As inscrições estão abertas até o dia 1º de abril.

As bolsas são para graduação, MBA ou mestrado, em cursos ministrados em inglês, ou seja, não é preciso falar holandês. Há opções para diversas áreas, de artes a negócios, passando por ciências e saúde. O valor da bolsa pode chegar a 32,5 mil euros (107,5 mil reais) e o valor da ajuda de custo, até 24 mil euros (79,3 mil reais).

8. Chevening

As bolsas Chevening são para estudar em universidades do Reino Unido, por iniciativa do governo de lá. A última edição do programa (para 2014/2015) teve a oferta de 600 bolsas de estudo.

A próxima seleção (para 2016/2017) deve começar em agosto. Não há área específica. Entre as instituições participantes estão as universidades de Cambridge, Oxford, Exeter, Durham, entre outras. O valor da bolsa é de 13 mil libras esterlinas (60,39 mil reais).

9. Erasmus Mundus

O programa Erasmus Mundus é financiado pela União Europeia e oferece bolsas integrais para mestrado e doutorado, além de opções de intercâmbio para estudantes de graduação e pós em universidades de países europeus.

Fonte: Revista Exame.com – Camila Pati.

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As 20 melhores empresas para trabalhar nos EUA; e seus mimos.

Elas sabem agradar a seus funcionários

São Paulo – Pela 6ª vez consecutiva, o Google fica no topo do ranking da Fortune das 100 melhores empresas para trabalhar. Comandada por Larry Page, a empresa sabe bem como “mimar” seus funcionários. De geladeira aberta a academia, a lista de benefícios ainda inclui reembolso de despesas educacionais e folga remunerada para quem faz trabalho voluntário.

O BCG, que ocupa segundo lugar na lista, também se destaca com o que oferece aos seus funcionários. Um dos benefícios é o período sabático remunerado, inexistente no Google. Benefícios específicos do BCG incluem cobertura dos gastos com convênio médico de 100% dos funcionários, bolsas de estudo e reembolso de despesas com educação, segundo um comunicado da consultoria enviado esta manhã para a imprensa.

“Atrair talentos e manter um ambiente no qual os funcionários podem se desenvolver rapidamente têm sido essenciais para o nosso sucesso”, diz Marcos Aguiar, sócio e diretor geral do BCG no Brasil, no texto do BCG.

A pesquisa da Fortune é feita em parceria com a Great Place to Work e leva em conta as respostas dos funcionários das empresas. Qualquer empresa que tenha, no mínimo, mil funcionários e mais de cinco anos de existência pode participar. No site da Fortune é possível ver o ranking completo.

Dois terços da pontuação baseiam-se nos resultados do Índice de Confiança “Employee Survey”, enviado para uma amostra aleatória de empregados de cada empresa. Esta parte da pesquisa traz perguntas sobre a credibilidade da gestão, satisfação geral com o trabalho e relacionamento com os colegas de trabalho.

O outro terço da pontuação é resultado das respostas a questionários sobre salários e programas de benefícios, além de opiniões sobre práticas de contratação, os métodos de comunicação interna, treinamento, programas de reconhecimento e os esforços de diversidade.

Veja, na fotos, o que as 20 primeiras colocadas da lista oferecem de benefícios e os dias de folga e de férias a que os funcionários têm direito em cada uma delas:

http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-20-melhores-empresas-para-trabalhar-nos-eua-e-seus-mimos

Fonte: Camila Pati – Exame.com

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Com estas táticas fica fácil descobrir mentiras no trabalho

Táticas para flagrar mentirosos no trabalho

São Paulo – Não é preciso ser o doutor Cal Lightman (foto), personagem da série de tv americana Lie To Me (Engana-me se puder), para flagrar mentirosos em ação no mundo corporativo.

De acordo com Mario Junior – que é especialista em compliance e sócio da S2, uma consultoria focada na dimensão humana do risco corporativo – observação, estudo e (muita) prática permitem que qualquer pessoa note indícios de falta de sinceridade em discursos, entrevistas e conversas.

Confira, nas fotos desta galeria,  as principais técnicas e dicas de observação indicadas por ele, que ministra cursos sobre o tema para diversos tipos de público e empresas:

http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/com-estas-tecnicas-fica-facil-descobrir-mentiras-no-trabalho

Fonte: Camila Pati – Exame.com

 

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Como realmente ser cativante numa entrevista de emprego

Entrevista: é inútil tentar encantar o recrutador com falas ou comportamentos programados

São Paulo – Tom de voz, palavras escolhidas, expressões faciais – numa entrevista de emprego, o candidato transmite ao recrutador diversos sinais conscientes e inconscientes. Às vezes surge empatia entre as duas partes. Às vezes não.

Isso acontece por uma razão simples: o seu avaliador também é uma pessoa. “Ele é treinado para amenizar o impacto da sua subjetividade no processo, mas nunca consegue eliminá-la completamente”, explica Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos.

No entanto, o peso da conexão pessoal para o sucesso da entrevista é relativo. Você nunca vai conquistar uma vaga só porque ganhou a simpatia do recrutador, segundo ela. “Ele pode até pensar que adoraria tomar um chope com você, mas nada vai mudar por causa disso”, diz.

Assim, é inútil tentar cativar o entrevistador com falas ou comportamentos programados. “Muitos candidatos ficam ansiosos em apresentar respostas e atitudes ‘certas’ na hora da entrevista”, diz Jacqueline. Apostar nisso não ajuda em nada.

Na verdade, atrapalha. No afã de agradar, você pode parecer artificial – e essa imagem vai na contramão do que realmente encanta os recrutadores.

“Não há nada pior do que candidatos que mentem ou inventam fatos para criar uma imagem favorável de si mesmos”, diz Felippe Virardi, gerente de recrutamento da Talenses. Segundo ele, os avaliadores não se impressionam com esses expedientes. “Quem se destaca são as pessoas genuínas”, diz ele.

Cartas na mesa
A transparência também conta pontos na hora de falar sobre as suas fraquezas. Profissionais cativantes não mencionam apenas os seus acertos, segundo Virardi. “Eles também contam histórias de fracassos, e explicam como reagiram a essas situações adversas”, diz.

Para Jacqueline, candidatos que demonstram autoconhecimento, de forma geral, inspiram respeito. Chama a atenção quem sabe bem o que pode oferecer à empresa, e também o que não pode, diz ela. “É importante que se coloquem as cartas na mesa”.

Demonstrar bom conhecimento sobre o outro lado também impressiona. Segundo Virardi, é preciso pesquisar o máximo possível sobre a empresa e seu setor de atuação. “Recrutadores gostam de quem faz a lição de casa”, afirma ele.

Outro diferencial é assumir também a posição de entrevistador e fazer perguntas sobre a vaga e a empresa. “É uma prova de que você se preparou para a entrevista, e que realmente se interessa pela oportunidade”, diz Jacqueline.

Fonte: Claudia Gasparini – Exame.com

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Empresas de programas de fidelidade crescem e abrem vagas.

Daniel Milagres, da Dotz: experiência parecida no varejo garantiu contratação.

No Brasil, o mercado de programas de fidelidade — aqueles em que o consumidor acumula pontos a cada compra e depois troca por prêmios – passa por uma expansão, com uma arrecadação estimada de 20 bilhões de reais. Multiplus e Smiles, as duas principais empresas do ramo, têm ampliado o quadro.

A Multiplus, que tem 212 funcionários, fechou 2014 com 50 contratações. A Smiles hoje emprega 90 pessoas — 32 delas contratadas entre o fim de 2013 e o início de 2014. A Dotz, uma das líderes desse mercado, saltou de 70 para 400 funcionários em três anos.

E continua contratando. “As áreas em que mais precisamos de gente são marketing, tecnologia, inteligência de mercado e relacionamento”, diz Roberto Chade, presidente da Dotz.

Novas posições também devem ser abertas na Netpoints, dona de uma base de 3 milhões de clientes. A empresa planeja investir 100 milhões de reais até o fim de 2015.Na mesma linha, Banco do Brasil e Bradesco inauguram ainda neste ano a Livelo.

Como ocorre em mercados novos, há poucos profissionais com experiência no setor, o que os torna bastante disputados. Um deles é Renata Oliva Battiferro, de 35 anos, de São Paulo, diretora de relações com investidores da CSU MarketSystem, unidade de administração de programas de fidelidade do grupo CSU.

A profissional foi contratada em 2013, após um ano na Smiles. “Eu me apaixonei por esse mercado”, diz Renata. Sem especialistas à vista, as empresas têm recrutado nos bancos e no varejo profissionais com experiência parecida ou habilidade para construir parcerias comerciais e carteiras de clientes.

É o caso de Daniel Milagres, de 31 anos, gerente-geral de marketing da Dotz. Ele veio do Extra, onde participou da criação do programa de fidelidade da rede varejista.

Um dos atrativos do segmento é a possibilidade de crescimento acelerado. É no que aposta Adriano Barbosa, de 34 anos, gerente da área de TI da Smiles, em São Paulo, que veio da Natura. “Por ser uma empresa menor, há mais contato com a alta cúpula para mostrar meu trabalho”, diz ele.

O pagamento de bônus também desperta interesse. “Mesmo se a economia vai mal, o setor cresce, porque as empresas se preocupam ainda mais em fidelizar o cliente”, diz Danilo Engel de Vasconcelos, da CSU MarketSystem. Vale a pena ficar de olho, num ano em que poucos setores projetam crescimento significativo.

Fonte: Você S/A – Nataly Pugliesi.

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Pense como um ET para tomar decisões melhores no trabalho

O professor Cyril Bouquet, do IMD, escola de negócios suíçaI, sugere que os profissionais pensem como aliens, para encontrar soluções inovadoras.

Ponto cego é a área da retina que não possui células fotorreceptoras. Sem elas, a imagem projetada pelo cristalino (lente do olho) não é registrada pelo sistema nervoso e passa despercebida.

Ou seja: não vemos o que está bem à frente. Os pontos cegos podem surgir, também, na carreira. É a teoria de Cyril Bouquet, professor do IMD, escola de negócios suíça. Segundo ele, os profissionais não enxergam fatos que podem arruiná-los. “O problema dos pontos cegos é que são, por definição, algo que não vemos”, diz Cyril.

Em geral, o defeito é evidente para todos, exceto para quem o tem. Como lidar com algo que você ignora? A solução: pense como um ET. Cyril sugere que os profissionais olhem sua carreira de ângulos improváveis, como se fossem marcianos chegando à Terra. Assim, é possível avaliar hipóteses nunca consideradas.

Cyril usa as letras da palavra “alien” para designar atitudes usadas para resolver a ignorância sobre o ponto fraco: “A” significa ser um antropólogo; “L”, “lateral thinker”, algo como pensador lateral; “I”, imaginador; “E”, experimentador; e “N”, navegador. Cyril está escrevendo um livro sobre o tema com os professores Theodore Peridis e Michael Wade, também do IMD.

Só evite pensar como um alien em tempo integral: agir como um observador externo toda hora cansa e atrapalha a produtividade. O ideal é fazer isso quando precisar achar uma resposta diferente para um problema.

Seja um alien para… assumir um novo cargo

Quando um profissional chega a um novo cargo, seja por promoção, seja por mudança de empresa, precisa se adaptar. Essa é a hora de se tornar antropólogo.

Não basta ouvir, racionalmente, colegas, chefes e clientes. É necessário entender como aquelas pessoas (e aquele mercado) se comportam. Observe as atitudes alheias.

Note quem almoça com quem, quem funciona melhor em conversas por e-mail, quem precisa de feedback constante. Um antropólogo estuda as interações humanas e sociais para entender como os grupos agem.

Ao adotar esse olhar, o profissional vai saber como deve interagir com as pessoas da forma mais produtiva e cordial possível.

Seja um alien para… fugir da estagnação

Quem se sente estagnado na carreira geralmente tem dificuldade em imaginar como poderia se desenvolver por ficar preso a conselhos do chefe, dos colegas ou às preocupações do marido ou da esposa.

Resultado? Ansiedade e cérebro travado. A arma a ser usada aqui é a imaginação. Deixe a mente viajar em torno de todas as possibilidades e aja como uma criança, fazendo perguntas como: por que estou aqui?

Para onde devo ir? Esses questionamentos são importantes para alcançar o sucesso.

Seja um alien para… impressionar o chefe 

Há a tendência de achar que o jeito mais fácil de impressionar o chefe é mostrar conhecimento sobre a área em que atua ou, no máximo, apresentar o que as outras empresas estão fazendo de diferente.

Isso não basta. Um profissional que se destaca, de fato, propõe inovações. A melhor maneira de encontrar soluções diferentes é se distanciar um pouco do que acontece no dia a dia e pensar em estratégias que possam até parecer absurdas.

Use o pensamento lateral, que busca referências e cria novas conexões mentais, ajudando a ter ideias melhores e inovadoras.

Seja um alien para… mudar de caminho

O mundo está se transformando em alta velocidade. Mas esse fato não deve ser usado como desculpa para correr o tempo todo. Muitos executivos não conseguem desacelerar e não encontram maneiras de estabelecer uma nova trajetória — para sua carreira ou sua empresa

Para combater o problema, os profissionais deveriam achar uma brecha na agenda para experimentar, seja na prática, seja na teoria. O exercício faz com que novos caminhos apareçam.

Seja um alien para…quebrar a resistência

Nem todo mundo está preparado para adotar a postura do alien na vida executiva. Por isso, é comum encontrar resistência a um tipo de pensamento mais desconexo e a uma visão inédita.

Convencer as pessoas de que esse tipo de raciocínio funciona não é fácil. Uma maneira é instigar o espírito navegador da equipe, mostrando a necessidade de vencer os próprios preconceitos para inovar.

Fonte: Você S/A – Dalen Jacomino.

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Como definir prioridades quando tudo é urgente.

Shane O’Grady, da Love Mondays: post-its indicam o fluxo de trabalho

Com estruturas mais enxutas nas empresas, decisões que precisam ser tomadas assim que o novo ano começa e pendências do ano anterior, os profissionais se perdem em um mar de tarefas em que tudo parece urgente. Aí surge a dúvida (e o desespero): como priorizar quando tudo parece prioridade?

Por receber demandas e pressão de todos os lados, as pessoas não conseguem entender o que é importante de fato. “Muita gente aceita as prioridades alheias, achando que vai dar conta de tudo”, diz Andrea Piscitelli, professora da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo, e consultora de gestão de pessoas.

O resultado é que, muitas vezes, as demandas que teriam maior importância na rotina do executivo ou da empresa são deixadas de lado. “Com as tarefas também se aplica o Princípio de Pareto, em que 20% das atividades são responsáveis por 80% dos resultados”, afirma o professor Paulo Campos, do Insper. “Saber encontrar esses 20% é fundamental.” Aprenda, a seguir, o que você precisa fazer para estabelecer prioridades e conseguir entregar suas metas.

Escolha um método

O primeiro passo para lidar com prioridades é organizá-las. Shane O’Grady, de 33 anos, diretor de tecnologia da Love Mondays, empresa que reúne avaliações de empresas feitas por funcionários, de São Paulo, criou uma metodologia para gerenciar os projetos que ele e sua equipe desenvolvem. “

Fizemos um misto de dois modelos”, afirma Shane. Um deles é o Scrum, que envolve a realização contínua de feedbacks, e o Kanban, usado em fábricas para sinalizar as etapas do fluxo de produção.

Compartilhe a agenda 

Sempre que  alguém da equipe de Sebastian Guzman, de 36 anos, consultor de programas de melhorias na Bosch, fabricante de peças automotivas, de São Paulo, quer marcar uma reunião, não precisa interrompê-lo para descobrir quando  estará disponível. “Deixo minha agenda aberta para que saibam quando estou sobrecarregado”, afirma Sebastian.

O ideal é que toda a equipe compartilhe seus compromissos. Assim, os chefes veem quem tem mais ou menos disponibilidade para lidar com eles.

Invente uma urgência

Prazos confortáveis atrapalham a conclusão de tarefas. Isso ocorre porque o ser humano calcula mal o tempo que perde numa atividade e acha que precisará de menos tempo do que o necessário.

O truque é eliminar a ilusão de agenda tranquila. Antes de decidir o que fazer primeiro, pense quais tarefas escolheria se tivesse metade do tempo disponível. Ou, se tivesse de trabalhar só 2 horas por dia. Os selecionados serão os compromissos mais importantes.

Peça ajuda

A mente humana nem sempre é confiável quando o assunto é definir prioridades. “Damos um peso maior às atividades em que nos sentimos confortáveis”, diz Andrea, da FIA.

Outras tarefas que também precisariam receber atenção são deixadas de lado. Essa situação ocorre frequentemente quando a pessoa está muito envolvida em algum projeto.

O melhor é pedir ajuda a alguém que não tenha a mesma rotina, mas que entenda bem sua função. Essa pessoa terá um olhar imparcial sobre o que é importante.

Enxergue com clareza 

Diante de um emaranhado de tarefas, muitas vezes fica difícil hierarquizar prioridades. Por isso, conseguir ter uma visão do todo é um dos passos mais importantes.

A agenda não deve ser encarada como uma simples lista de compromissos, mas como uma ferramenta que permita visualizar o conjunto de atividades.

Para lidar com esse desafio de ter uma visão melhor das pendências, Shane, da Love Mondays, colocou em seu escritório um quadro com post-its coloridos, em que consegue ver com precisão o status das tarefas que ele e sua equipe têm pela frente. “Conforme cada etapa do projeto evolui, mudamos o post-it de posição nesse quadro”, diz Shane.

Uma rápida olhada ajuda a descobrir quais tarefas estão mais adiantadas e quais precisam de atenção extra.

Entenda a empresa

Para estabelecer prioridades, é necessário ter clareza sobre as metas da empresa ou da área. “Especialmente em ambientes mais dinâmicos, em que novas demandas surgem, o profissional tem de trabalhar olhando para a estratégia”, diz Paulo, do Insper.

É o que faz Sebastian, da Bosch. “Saber o que a empresa quer e precisa naquele momento é um dos aspectos que mais levo em conta”, diz ele.

A principal maneira de conseguir ter essa noção clara é perguntar ao chefe. Confira com ele se as prioridades que vêm sendo adotadas realmente são as tarefas mais importantes para o negócio.

Aprenda a recusar

Quando a vontade de agradar chefes e colegas fala mais alto do que a preocupação com a agenda, o resultado são tarefas em excesso. “O que é importante para os outros nem sempre é para nós”, diz Andrea, da FIA.

Antes de aceitar uma nova tarefa, analise sua agenda. Se achar que o pedido vai atravancar outros projetos mais importantes sem trazer um resultado compensatório, a melhor saída é negociar um prazo diferente ou, em último caso, encontrar uma forma de recusar a missão.

Fonte: Você S/A. – Gabriel Ferreira

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Competição demais atrapalha e diminui a produtividade.

Margaret Heffernan, autora do livro “A Bigger Prize: Why Competition Isn’t Everything and How We Do Better (“Um prêmio maior: por que a competição não é tudo e como podemos fazer melhor”, numa tradução livre, ainda sem edição no Brasil) defende a teroria de que a competitividade não é tão boa quanto o mundo dos negócios faz parecer.

Interessado em saber como a seleção dos melhores agiria na natureza, o pesquisador William Muir, da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, fez uma experiência com galinhas.

Selecionou dois grupos: um natural, em que as aves conviviam normalmente, e outro formado só pelas que mais produziam ovos. Ele queria testar se o isolamento das superprodutivas aumentaria a quantidade de ovos gerada. Após seis gerações, as galinhas do bando natural estavam saudáveis.

Mas as do grupo das superaves estavam depenadas, estressadas e sem botar nenhum ovo — com apenas três sobreviventes. As outras seis tinham sido assassinadas. A história é usada pela americana Margaret Heffernan em seu livro A Bigger Prize: Why Competition Isn’t Everything and How We Do Better (“Um prêmio maior: por que a competição não é tudo e como podemos fazer melhor”, numa tradução livre, ainda sem edição no Brasil) para demonstrar que a competitividade não é tão boa quanto o mundo dos negócios faz parecer.

Segundo a autora, que foi CEO de empresas de tecnologia como iCast e CMGI, ambientes de trabalho competitivos causam estresse e problemas de relacionamento que não compensam os resultados.

Ela cita o caso de Bill Gore, que fundou a indústria química americana W.L. Gore com um modelo hierárquico mais amigável e bateu recordes de patentes. “Pessoas colaborativas tornam as empresas inteligentes”, diz Margaret. Conheça as principais mensagens e alguns trechos do livro.

Produtividade na marra

Competitividade serviria para criar uma atmosfera mais produtiva. Jack Welch, ex-presidente da GE e consultor de carreira, deu fama a seus rankings que dividiam os funcionários entre os 20% potenciais, os 70% medianos e os 10% incompetentes.

Segundo Margaret, essa prática, embora dê lucro, cria cenários em que ou você é o melhor ou é o perdedor, gerando ansiedade, estresse e, consequentemente, resultados piores.

Segredos e trapaças

Clima competitivo nos torna colegas piores. Nos laboratórios de pesquisa médica, informações que deveriam ser compartilhadas para o desenvolvimento da ciência são retidas como forma de vantagem competitiva.

Os profissionais ficam mais preocupados em ser os melhores do que em colaborar para um bem maior e não trocam informações sobre as descobertas nem sobre as dúvidas.

Quem tem dificuldade numa tarefa, em vez de pedir ajuda, esconde o problema. No limite, isso leva a comportamentos criminosos e a tentativas de sabotagem.

Medo de discordar

Organizações altamente competitivas têm uma hierarquia na qual o peso das palavras dos profissionais é desigual. Fica mais difícil discordar e fazer críticas, o que aumenta a possibilidade de erros aparecerem.

Afinal, quem vai querer, numa reunião em que todos estão concordando com a ideia do chefe, fazer um questionamento e correr o risco de desagradar? O efeito disso é o chamado “silêncio organizacional”, que aumenta a dificuldade de inovar e apontar problemas a ser resolvidos.

Visão limitada

Grandes empresas costumam medir o sucesso de sua gestão de acordo com seu valor no mercado de ações, esforçando-se em manter os números altos em comparação com a concorrência.

A competitividade faz com que haja um foco exagerado nos resultados, e não nos processos. Ficamos tão obcecados em vencer e chegar ao topo que não somos capazes de enxergar novidades e alternativas que, no futuro, se tornarão óbvias.

Inovação em baixa

Em uma competição, dividimos menos ideias, não fazemos críticas nem colaboramos com os colegas. Então, o pensamento inovador não tem vez. Para que ideias novas surjam, é preciso haver espaço para diálogos e conflitos.

A necessidade de lucrar cada vez mais para fazer frente à concorrência também não combina com o espírito inovador, o que é arriscado por natureza. É difícil ser criativo quando se tem medo de perder.

Fonte: Você S/A – Bárbara Nor

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16 dicas para não queimar sua imagem nas redes sociais.

Em 2014, os ânimos se acirraram nas redes sociais. Copa do Mundo e eleições foram o bastante para que uma multidão se queimasse, falando demais.

O Twitter, por exemplo, registrou 21,5 milhões de posts relacionados aos presidenciáveis Dilma Rousseff e Aécio Neves. E as queixas contra crimes de ódio cresceram 84% em outubro, de acordo com a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos.

Muita gente perde o controle porque embarca no que John Suler, professor da Universidade de Rider, em Nova Jersey, apelidou de “efeito da desinibição online”, que consiste na impressão de que estar atrás de uma tela significa o anonimato. A falsa proteção aumenta a vontade de se expressar e instiga a agressividade.

Como as redes funcionam como uma vitrine, esse impulso comunicativo pode manchar a reputação na vida profissional. Engana-se quem pensa que os recrutadores ignoram os perfis sociais, como Facebook, Instagram e Twitter. Segundo um estudo do CareerBuilder, site americano de recrutamento, 51% dos 2 138  empregadores entrevistados desistem de contratar um candidato após verificar suas postagens.

Mesmo quem não está atrás de emprego deve tomar cuidado: chefes e colegas observam como andam as publicações alheias. “Uma atitude inflexível em uma discussão online passa a imagem de um profissional que não sabe trabalhar em equipe”, diz Luís Testa, da Catho, site de recrutamento, de São Paulo.

Para não cair em armadilhas e correr o risco de virar meme, siga as regras para preservar (e melhorar) sua imagem virtual.

1- Use ferramentas de privacidade 

A lista de amigos não é homogênea: tem chefes, ex-chefes, colegas e pessoas mais íntimas. Cada grupo pede um tipo diferente de mensagem. O Facebook cria filtros e listas que podem ser aplicados nos posts. Isso permite que alguém selecione só os amigos para compartilhar a foto do Réveillon, e só os colegas quando quiser postar um texto corporativo.

2 – Pense antes de publicar

As linhas do tempo são lotadas de informações. Mas nem todas foram revisadas antes de ser publicadas. A consequência? Posts com informações falsas e erros de português.  “Não é porque a internet é veloz que temos de nos posicionar com a mesma rapidez”, diz Bia Granja, do site Youpix, especializado em internet.

3-  Reclame na medida

As redes sociais viraram um grande SAC da vida, com gente que usa os perfis só para desabafar. Reclamar de vez em quando é normal, mas ser resmungão transmite uma imagem ruim. “Nenhum recrutador verá com bons olhos uma pessoa que está o tempo todo insatisfeita com tudo”, diz Ana Luiza Mano, fundadora do grupo Psicólogos da Internet, de São Paulo.

4- Diminua a ostentação

Há a impressão de que, na internet, todo mundo é feliz e só faz coisas incríveis. Postar imagens de viagens, restaurantes, sapatos novos e festas em excesso passa a impressão de ostentação.

O marketing pessoal exagerado não cola. Profissionais que se autopromovem assim dão a entender que não assumem falhas.

5 – Pegue leve nas críticas às empresas 

Todo cliente lesado por algum serviço ou produto tem o direito de ficar bravo e reclamar. Desde que seja no lugar certo. Melhor falar sobre o problema com a empresa ou em sites voltados para reclamações.

Por mais que esteja irritado, mantenha a cordialidade: pode ser que, daqui a um tempo, você pleiteie uma vaga na empresa com a qual brigou.

6- Lembre-se que a zoeira tem limites 

Até os mais bem-humorados precisam ter noção. Às vezes, uma piada pode ofender — mesmo que essa não tenha sido a intenção. Avalie o tom do post e nunca faça comentários ofensivos disfarçados de piadas.

Brincar com as minorias está fora de cogitação: as empresas valorizam quem sabe lidar com a diversidade.

7 – Analise as redes

Cada rede tem um perfil específico que deve ser levado em conta. Não pega bem postar convite para seu aniversário no LinkedIn ou compartilhar seu currículo no Facebook.

8 – Publique com moderação

Crie uma rotina para seus posts e uma frequência tolerável para se expor online. Quem escreve demais parece que está viciado, comportamento que pode prejudicar a produtividade e ser malvisto pelos chefes.

9 -Seja coerente

As redes sociais devem refletir quem você é na vida real. Não adianta se esconder atrás da tela e criar uma imagem diferente da mostrada no trabalho.

As pessoas percebem a incoerência e ficam em dúvida sobre a personalidade. Preste atenção também nos seus contatos: não adianta tomar cuidado com o perfil se todos os seus amigos parecem ser exatamente o contrário de quem você é.

10 – Saiba que o anonimato é lenda

Antes de publicar qualquer coisa, imagine se teria coragem de dizer aquilo pessoalmente, sem se envergonhar ou se arrepender no futuro. Na dúvida, apague o que escreveu. Essa atitude demonstra maturidade e o entendimento de que nem tudo precisa ser compartilhado.

11 – Controle as emoções

Todo mundo perde a cabeça e fala bobagem. Só que na internet o escorregão, às vezes, fica imortalizado. Respire fundo antes de se manifestar. Responder com classe a uma provocação impressiona os chefes, pois significa inteligência emocional.

12 – Evite falar sobre sua empresa

Se estiver com um problema no seu trabalho, não espalhe nas redes. Fazer isso não soluciona nada e só gera mal-estar — além de mostrar que o profissional não tem maturidade para chamar o chefe para conversar e tentar resolver a questão.

13- Cuidado com a linguagem

Vários mal-entendidos ocorrem porque as palavras para certos posts não foram bem escolhidas e possuem um tom indelicado ou irritado. Evite caixas altas, por exemplo, que são consideradas gritos na internet.

14 – Mantenha a discrição

Se a discussão com um de seus contatos ficar mais séria, opte por uma conversa particular para evitar a exposição de seus problemas ou pontos de vista polêmicos. Discrição na hora de resolver pendências é uma competência essencial em momentos de crise.

15- Leia a política de privacidade 

As empresas têm regras claras para o uso das redes sociais no ambiente corporativo. Descobrir qual é o código de conduta adotado pelo local onde trabalha minimiza erros, como compartilhamento de informações sigilosas.

16 – Saia da bolha

A dinâmica das redes contribui para que apenas conteúdo parecido com o que você posta apareça na linha do tempo. Isso colabora para que as pessoas ignorem que existem opiniões e assuntos diferentes.

É importante dar valor a informações que não fazem parte do dia a dia.

Fonte: Revista Você S/A. – Luciana Lima

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Como se manter motivado em um ano de crise

Está em todos os lugares: 2015 será um ano difícil para a economia e para a maioria dos negócios. A expectativa é de baixo crescimento do PIB neste ano que se inicia.

Isso significa poucos investimentos e resultados mais modestos. Como sempre ocorre em períodos assim, a pressão no trabalho aumenta, o talento é questionado, as perspectivas de crescimento profissional ficam distantes e um clima ruim baixa nos escritórios. Chefes vão gritar, demissões vão ocorrer e decisões duras serão tomadas. Nós já sabemos disso. A questão é como enfrentar 2015.

São duas opções: deixar o pessimismo tomar conta ou reagir. Esta reportagem é para quem escolheu o segundo caminho. “O ano de 2015 será de ajustes, mas isso não é uma desculpa para se abater”, diz Walter Schalka, presidente da Suzano. “As pessoas não podem assumir uma postura conformista, devem enfrentar a situação.”

Não se trata de adotar uma atitude ingênua, mas de encarar a realidade e de fazer o seu melhor. Aproveitar, também, para mostrar as habilidades que momentos de crise exigem: resiliência, capacidade de improvisar, coragem.

A atitude positiva ajuda os profissionais a se destacar e a colher os frutos quando a crise passa. “Manter a motivação é fácil quando tudo está bem. Quem tiver essa postura agora será reconhecido”, diz José Cláudio Securato, da Saint Paul, escola de negócios de São Paulo.

Manter o pique não será fácil. Mesmo para os que começam o ano com o ânimo revigorado, enfrentar as más notícias cansa. Segundo a consultora carioca Patricia Cotton, nesses momentos surge com mais facilidade o ciclo do tédio, composto de três fases. A primeira é a felicidade diante do novo, quando alguém acaba de ser promovido ou muda de emprego e fica feliz em ter de se adaptar a uma realidade diferente.

A segunda é a sensação de estagnação, quando tudo começa a funcionar normalmente e as pessoas sentem que estão entrando em uma zona de conforto. A terceira é o tédio de fato, quando o desânimo toma conta. Em um ano em que pouca coisa acontece, é grande o risco de cair na apatia de esperar passivamente as coisas melhorarem.

O antídoto para esse problema é a transformação. “As pessoas ficam infelizes porque se deixam levar pela inércia”, diz Patricia, que deixou uma carreira em departamento de mar­keting de empresas como PDG, Beleza Natural e Globosat e foi estudar o ciclo do tédio na Alemanha, na Berlin School of Creative Leadership.

A lição mais importante para quem quer ter uma vida diferente é manter a disciplina na transformação. “Tudo começa com a ousadia, mas só dá certo se você mantém o zelo com sua intenção inicial”, diz Patricia.

A transformação não precisa ser radical. É importante, aliás, manter seus alicerces para não se desestruturar. “A mudança é como a acupuntura: ninguém coloca agulhas no corpo todo para resolver um problema”, afirma Patricia. “Primeiro você precisa descobrir qual é o ponto estratégico para mudar o sistema.”

E esse ponto estratégico pode ser algo simples, como uma mudança de atitude no modo como encara os problemas, uma guinada na rotina para ter mais qualidade de vida ou um ajuste fino na carreira para encontrar o verdadeiro propósito.

Pense diferente

O cenário está mais complicado e desafiador. Quanto antes você se der conta e começar a pensar em soluções e em novas maneiras de agir, menos doloroso será o processo de adaptação.

Com o dinheiro mais curto, as empresas ficam atentas para quem consegue propor inovações (e principalmente redução de custos). “O desafio é sair da mesmice e atuar de maneira mais criativa”, diz Adriana Prates, presidente da Dasein Executive Search, empresa de recrutamento de Belo Horizonte.

Invista energia naquilo em que você tem o poder de mudar. “Se a perspectiva é faturar menos, o funcionário deve pensar em maneiras de ganhar produtividade, por exemplo”, diz Mariane Guerra, vice-presidente de RH da ADP, empresa especializada em gestão de pessoas, de São Paulo. Mas tome muito cuidado.

O custo do erro costuma ser alto durante esses períodos. As novas ideias devem ser embasadas em pesquisas profundas e consistentes. Corra riscos calculados. “Caso a ideia dê errado, pelo menos será possível ter argumentos de que era a hipótese mais acertada no momento”, afirma Adriana.

Explore o talento
O profissional precisa refletir sobre seus pontos fortes e sobre como pode contribuir para ajudar a empresa a passar por um período delicado.
Você será lembrado por aquilo que fizer bem. “Em momentos de crise, pessoas escondidas nos bastidores têm a chance de mostrar que são úteis”, diz Adriana, da Dasein.
É hora de criar coragem e mostrar sua capacidade. Só tome cuidado para não agir como um salvador da pátria e propor algo que você não conseguirá fazer.
Busque a sabedoria
Não será a primeira vez que o Brasil passará por um período difícil. Muito pelo contrário. Cole nos profissionais experientes e aprenda com eles as estratégias, os argumentos e os truques que funcionam em fases de baixo crescimento.
Aliás, num mundo que está saindo de uma crise internacional, há casos de superação em toda parte. Vale pesquisar histórias de quem superou alguma crise. Converse e aprenda.
Se o dia a dia está pesado e os problemas não param de surgir, mantenha a motivação pensando no futuro. A crise vai passar uma hora. Pense nas boas coisas que poderão ocorrer, seja no trabalho ­atual, seja na vida pessoal, seja numa eventual mudança de rumo que está começando a ser planejada.
Tudo isso sem perder o foco no presente, claro, pois o trabalho precisa ser entregue. “Uma hora a crise passa, e ter algo importante em vista é uma ótima maneira de deixar de lado as agruras do dia a dia”, diz Irene Azevedo, diretora de negócios da LHH|DBM, de São Paulo.
Mantenha  a calma 
Em momentos de crise, a pressão aumenta e os ânimos se exaltam. A ameaça de demissão e as deslealdades de colegas aparecem com maior frequência. Tente controlar a ansiedade.
Na hora do nervosismo, o cérebro não funciona direito, o que piora a qualidade das decisões tomadas. “Uma situação estressante faz as pessoas agir com emoção”, afirma Camila Pires, diretora da Rede Indigo, empresa de desenvolvimento humano, do Rio de Janeiro. “Precisamos analisar as situações com base em fatos, e não em suposições e percepções.”
Resista ao baixo-astral
Sim, haverá momentos de desânimo em várias ocasiões neste ano. Mas evite que os pensamentos negativos fiquem o tempo todo em sua cabeça. “Não é para exagerar no otimismo e se tornar uma pessoa alienada”, diz Pamela Magalhães, psicóloga de São Paulo.
Só que não adianta mergulhar nas possibilidades negativas desconsiderando seu trabalho e seu potencial. “Encontre o gatilho que desencadeia o pessimismo e busque apoio, interno e externo, para lidar com a situação”, diz Camila, da Rede Indigo.
Jogue com lealdade
Em tempos de apreensão e insegurança, é natural que a competitividade aumente — todo mundo quer mostrar que é indispensável. Mas uma rivalidade excessiva com os colegas piora o clima, que já está ruim.
Seja realista, faça um bom trabalho, mas cuide para não deixar o medo de perder o emprego transformá-lo em uma pessoa ruim. “Faça uma gestão pela esperança, não pelo medo, e não espere que seu chefe seja o fio condutor disso, pratique no dia a dia”, afirma Adriana, da Daisen.
As empresas têm valorizado pes­soas que, independentemente do cargo que ocupam ou do crachá, conseguem unir as equipes e proporcionar um clima agradável — principalmente em épocas difíceis de crise.
Olhe para os lados 
Muita gente tende a tomar os próprios sentimentos como referência. Trata-se de uma má leitura do ambiente, principalmente quando o profissional se impressiona excessivamente com o cenário negativo.
É preciso tirar o viés pessoal das análises racionais. Faça um esforço para enxergar, de fato, o que ocorre na empresa e no mercado. Isso amplia as possibilidades e suas referências.
Se seu chefe está pessimista, busque inspiração em pessoas que pareçam acreditar mais que as coisas poderão dar certo. Pode ser um colega, um cliente ou, em muitos casos, o presidente da empresa.
Evite comentários negativos
O cenário é difícil, mas ficar o tempo todo dizendo que vai dar tudo errado, além de ser chato, contamina o ambiente e amplifica o pessimismo, que só vai prejudicar ainda mais a produtividade. “Diante de um problema, as pessoas só pensam no sofrimento, e nada é criado”, diz a psicóloga Pamela.
Viva um dia de cada vez e pense no que pode ser feito para que as coisas melhorem — não o contrário. Bom senso é fundamental quando se trabalha em equipe.
Cuide da saúde
O momento atual exige esforço e dedicação, mas sem deixar a vida pessoal de lado. Por mais estressantes que os dias de trabalho estejam, não descuide de sua saúde e de sua vida afetiva.
A falta de sono, o estresse e o sedentarismo diminuem a produtividade e aumentam a incidência de doenças. E não dá para ficar com a disposição em baixa quando a empresa mais precisa que você trabalhe no auge de sua capacidade.
Seja mais produtivo 
Períodos de instabilidade exigem produtividade alta. É hora, então, de analisar os problemas que prejudicam sua eficiência e fazer ajustes para solucioná-los. “É preciso entregar mais, e não ficar se justificando porque não fez”, diz Adriana, da Dasein.
Quem se destaca são os que mostram capacidade de fazer mais. Entregar bons resultados é a melhor estratégia para ter visibilidade — e fugir da demissão. Tente se planejar e fazer uma gestão de risco sobre suas entregas. “Não deixe o mais difícil para o final.”
Improvise
Em períodos de instabilidade, o trabalho e as demandas mudam muito. Por isso, é preciso ser flexível no modo de agir e acreditar que o que ficou para trás ficou. “Vale a lei de que não são os mais inteligentes que sobrevivem, mas os que se adaptam melhor”, diz Irene, da LHH|DBM, do Rio de Janeiro.
Fonte: Revista Você S/A. – Anna Carolina Rodrigues

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